Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos

— 49 — 1. NÃO havia armas de destruição em massa; 2. NÃO existia nenhuma relação com os terroristas da Al- Qaeda; 3. A guerra NÃO levou a democracia para o Iraque. Foi uma guerra de agressão que não contava com a aprova- ção do Conselho de Segurança da ONU e que tampouco podia ser considerada de autodefesa, porque o Iraque não estava atacando os Estados Unidos e nem representava uma ameaça iminente. À luz do direito internacional, os Estados Unidos são culpados de supremo crime de lesa humanidade. Foi uma guerra de agressão e de con- quista neocolonial contra um país soberano e integrante da ONU. Adriaenses se pergunta: o que os Estados Unidos deram aos iraquianos? A resposta é uma versão extrema e brutal do neolibe- ralismo de Milton Friedman: desregulamentação, privatização de entidades públicas e cortes nos serviços estatais. O estudioso da realidade atual do Iraque considera que o ápice do neoliberalis- mo estadunidense e internacional coincidiu com o ápice dos Esta- dos Unidos como potência militar dominante no mundo. Citando o colunista do New York Times , Thomas Friedman (1999, p. 373), Adriaensens destaca: “a mão oculta do mercado do mercado nunca funcionará sem o punho oculto”. Na fala do analista, Os Estados Unidos criaram um império global que concede duas opções aos países: ou eles aceitam, ou são destruidos [...] Esta é a razão pela qual o Ira- que não apenas teve que ser invadido militarmente, mas tanbem destruído por completo, pois se levan- tava de forma completamente contrária ao modelo neoliberal do Banco Mundial e do FMI [...] O Iraque era um tenaz estado antineoliberal: se negava fron- talmente a ser um Estado cliente dos Estados Uni-

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