Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos

— 48 — ses, 2013, online) – dá conta da catastrófica devastação da qual pa - dece esse país ocupado, mais de dez anos após o início da ilegal e injustificada guerra neocolonial e cujas sequelas não cessam de aparecer. Longe de alcançar o propósito anunciado pelos militares estadunidenses em seus manuais de contrinsurgência, isto é, fazer do Iraque um exemplo da “construção de nações” a partir da “de - mocracia” imposta pelos invasores, servindo de modelo para a re- configuração do Oriente Médio, temos uma parcela considerável da população dizimada, um Estado desmantelado e em ruinas, um go- verno fantoche e, o que ninguém podia imaginar, a reafirmação do nacionalismo iraquiano e a resistência política e armada em meio ao caos, à morte e a destruição daquele que foi o país mais próspero e progressista da região, e que pude conhecer em 1989. O Iraque é a demonstração palpável do que realmente resulta das guerras “humanitárias” do imperialismo mundial encabeçado pelos Esta - dos Unidos e seu American way of death . 15 Adriaensens assinala que, tal como previam os integrantes de um grupo com mais de 200 economistas contrários à guerra (Economists Allied for Arms Reduction - ECAAR), entre eles sete prêmios Nobel, os custos da guerra, calculados em três trilhões de dólares por Joseph E. Stiglitz, em seu livro The Three Trillion Dollar War (2008) – sem contar neste balanço os diagnósticos, os trata- mentos e as indenizações aos veteranos inválidos – mergulharam os Estados Unidos e o resto do mundo em uma profunda crise eco- nômica, demonstrando claramente as limitações e, em particular, as aberrações do poder econômico estadunidense. O autor sustenta que a guerra foi ilegal segundo o direito in- ternacional, a partir de alguns fatos comprovados uma década após o inicio da guerra: 15 Em inglês no original. [N. dos T.]

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