Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos

— 50 — dos e havia fechado aos investidores corporativos estadunidenses e de outros países sua participação em qualquer mercado após as sanções [que lhe ha- viam sido impostas]: agricultura, saúde, educação, indústrias etc. [...]. Restringir [que não quer dizer excluir] de seus mercados as corporações estadu- nidenses foi razão suficiente para que os Estados Unidos empreendessem ações decisivas. (Adriaen- ses, 2013, online). Apropriadamente, este autor acrescenta que outra das razões para invadir o Iraque é a natureza belicista do capitalismo: Para o complexo indústrial militar, para a econo- mia dos Bush, Cheney, Rice, Rumsfeld e etc... Para a economia das sociedades do petróleo e dos fabri- cantes de armas, para a economia dos estaduni- denses ricos que possuem ações nestes empórios e coorporações, esta guerra, como as guerras em geral, não é senão algo verdadeiramente maravi- lhoso, porque embolsaram os lucros que as guer- ras geram tão profusamente, (enquanto) a morte e a destruição são padecidas por outros. (Adriaen- ses, 2013, online). Examinemos os saldos da guerra de ocupação do Iraque: mais de 1 milhão e 450 mil mortos, de acordo com um estudo científi - co sobre as mortes violentas (Just Foreign , Iraq Deaths ). 16 Dois mi- lhões e 700 mil pessoas desterradas internamente e 2 milhões e 2000 mil refugiados, a maioria deles vivendo em estados vizinhos. Destes desterrados, 83% são mulheres e crianças, sendo que a 16 A organização independente Justin Foreign Policy, valendo-se da ferramenta de estimativa Iraq Deaths, atualizou dados de estudo de 2006 publicado na revista médica The Lancet . [N. da R.]

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