Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos

— 94 — Bryan (2010, p. 2), continua: Depois dessa reunião, desfrutaram de uma visita privada à base, que incluiu fazer uma foto em frente à estátua do Soldado Búfalo, que comemora preci- samente as “Guerras Índigenas” estadunidenses e uma olhadinha no quartel do general George Arms- trong Custer [...]. Na defesa de Herlihy, basicamente laudatório, empirista e au- toindulgente, não somente não existe uma história do projeto e seu rastro de denúncias e controvérsias sobre o que se qualificou como geopirataria na primeira das Expedições Bowman com o Projeto México Indígena , que obrigou a Associação Americana de Geógra- fos (AAG) a organizar uma comissão que investigaria se havia ocor- rido violações a seu Código de Ética [PH2]. Tampouco há menção ao contexto sócio-político em tempos de capitalismo neoliberal e ao papel que exercem os Estados Unidos nessa guerra planetária contra os povos indígenas e não indígenas em busca de sua dester- ritorialização e despossessão dos recursos naturais e estratégicos. Sem história, sem memória, contexto ou teoria, o projeto “América Central Indígena” é a expressão de uma ciência a serviço daqueles que pagam as pesquisas e centralizam as informações: neste caso, os militares dos Estados Unidos.

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