Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos
— 92 — taxativo que “não está trabalhando para o exército”, “não temos vín - culo ou contatos”, “não temos amigos”, “não temos entregado infor - mação ao exército”. Será que os militares dos EUA outorgam a pesquisadores de- dicados, protetores dos povos indígenas, milhões de dólares para não receber NADA em troca? Que, igual às Filhas de Maria ou aos Franciscanos, fazem o bem sem ver a quem? Para consternação dos geógrafos ingênuos (?), a própria página da Iniciativa Minerva se encarrega de refutar tais afirmações, já que estabelece, sem dei - xar dúvida, o propósito com o qual foi fundada: Assim como nossas forças militares não poderiam funcionar de modo eficaz sem entender o terreno e o entorno físico, a detecção dos atores radicais e as rupturas do regime estão limitadas por nossa com- preensão dos ambientes culturais e políticos nos quais se desenvolvem essas ameaças. A Iniciativa de Investigação Minerva [...] produzirá decisões políticas/estratégicas e operacionais mais eficazes. Os acadêmicos [financiados por] Minerva já relata - ram ideias relevantes para o soldado em combate (warfighter) a altos funcionários como o Chefe de Estado-Maior Conjunto, para aqueles que tomam decisões na política da Comunidade de Defesa e, no campo, aos nossos comandantes combatentes. Em sua palestra na Universidade Nacional da Costa Rica, Her- lihy tampouco informou sobre a presença, na equipe coordenadora das Expedições Bowman, do tenente coronel Geoffrey Demarest, doutor em geografia precisamente pela Universidade do Kansas ( alma mater das Expedições Bowman), cuja folha de serviços rele- vantes na contrainsurgência na América Latina (Escola das Améri- cas, Guatemala, Colômbia...) tem sido difundida amplamente, assim
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