Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos

— 75 — os conselheiros [das forças especiais] devem ter em mente que seu principal objetivo é seguir a política dos Estados Unidos [...], as maiores responsabilida- des incluem a área de defesa, a contrainsurgência, a busca e o emprego de apoio dos Estados Unidos [...], manter relação com a polícia e com as agências de inteligência responsáveis pela contrassubversão [...] Participar no estabelecimento de um programa adequado de segurança para a salvaguarda contra a subversão, a espionagem e a sabotagem. (United States, 2008b, cap. 3, pars. 11, 27 e 40). Comcerteza,oMéxicocorrespondeà“áreaderesponsabilidade” compartilhada entre 7 a 20 grupos de forças especiais em serviço ativo (SFG), prontos para liberar os oprimidos mexicanos. A Antropologia militarizada O já mencionado antropólogo estadunidense David H Price se distinguiu entre os seus colegas por se opor ao uso da antropolo- gia pelo governo dos Estados Unidos como uma ferramenta a mais em suas guerras contrainsurgentes e ocupações neocoloniais em âmbito mundial; por defender um código de ética que estabelece responsabilidades e lealdades dos antropólogos para com as po- pulações em estudo, as quais têm que ser protegidas de qualquer dano a sua integridade e seus interesses; e por denunciar o uso mercenário da disciplina. Price publicou um livro de leitura indispenável, Weaponi- zing anthropology, social science in service of the militarizade state (2011), no qual expõe suas fundamentadas críticas à nova geração de programas contrainsurgentes, como as equipes de cientistas so- ciais ( Human Terrain Systems ), que formaram parte das unidades de combate das tropas de ocupação no Iraque e Afeganistão, assim

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