Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos
— 70 — 2. Coleta de informação relevante para a unidade militar e apresentação desta em termos familiares para um público militar; 3. Criação de ummarco analítico cultural para o planejamen- to, tomada de decisões e diagnósticos operacionais. O programa, em suma, “investigará, interpretará, arquiva - rá e proverá informação e conhecimento cultural para otimizar a efetividade operativa e harmonizar as ações em curso dentro do entorno cultural” (Finney, 2008, p. 11). Com a falsa suposição de que o programa não faz parte do trabalho de inteligência militar, o Manual sublinha contraditoriamente que seus produtos devem ser incorporados no plano de operações da seção e que sua equipe deve estar presente em todas as etapas do processo de tomada de decisões dos militares. As equipes HTT de civis e militares contam com um líder (ge- ralmente um oficial ativo ou da reserva), um cientista social, um processador de informações e dois analistas de terreno. Segundo o Manual , a composição ideal inclui, ao menos, um membro da equi- pe que fale a língua da região, outro que seja especialista no país em questão e outro que seja mulher, “para permitir que a equipe tenha acesso a 50% da população frequentemente subestimada nas ope- rações militares” (Finney, 2008, p. 19). A natureza do programa, o papel e os objetivos das equipes variam conforme a ação intervencionista das forças armadas esta- dunidenses seja classificada no manual como “contrainsurgência, construção de nações (nation building), ocupação, manutenção da paz, operações cinéticas ou uma combinação desses objetivos” (Finney, 2008, p. 22). Compreendido o programa, o espectro com- pleto da sociedade e da cultura, as equipes devem determinar como ganhar o apoio da população local, mitigar sua desconfiança e usar
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