Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos
— 68 — mexicanas nos cursos de “combate ao terrorismo” denunciados re - correntemente pelo La Jornada. Dessa maneira, estratégias e táticas dos rebeldes merecem especial cuidado: ações conspiratórias, militarismo, guerrilha ur- bana, guerra popular, emboscadas, incêndios, bombas e explosivos, armas químicas, biológicas, radiológicas ou armas nucleares, mani- festações, contrainteligência dos insurgentes, execução de caguetes, sequestros e tomada de reféns, infiltração e subversão, propagan - da, ataques a instalações, sabotagem, entre outros. Analisam-se to- dos os tipos de inteligência: humana, operações militares, interro- gatório de detidos e desertores, informes de temas civis, operações psicológicas, dos oficiais do exército e forças policiais do governo fantoche, empreiteiros, delações telefônicas anônimas, jornalistas, acadêmicos etc. Informações de inteligência também são obtidas a partir de rotinas de reconhecimento e vigilância, sensores e câ- meras, inteligência espacial, análise de arquivos de propriedades, arquivos financeiros, de conteúdo de celulares e de computadores. Seria um erro tanto subestimar a capacidade e o alcance des- se trabalho de inteligência dos imperialistas estadunidenses quan- to pensar que são invencíveis. Também é importante que a comu- nidade de antropólogos no âmbito latino-americano se manifeste contra a utilização mercenária de sua disciplina. Antropologia da contrainsurgência e a ocupação neocolonial Human terrain team handbook (2008), do militar Nathan Fin- ney, é outro dos documentos importantes, disponíveis no Wikileaks , para analisar a utilização da antropologia nas campanhas contrain- surgentes e na ocupação neocolonial de países por parte das forças armadas dos Estados Unidos.
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