Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos
— 44 — nunca deve pedir permissão para proteger o nosso povo, nossa pátria e nosso modo de vida. (Obama apud López y Rivas, 2005, online). Esta crença se baseia em argumentos inclusive teológicos, a mercê do “autoconvencimento” de que esse país está designado pela Providência para combater “o mal”. Os Estados Unidos estão criando as condições para que todo o planeta seja sua esfera de influência. Para este fim, procura es - vaziar de conteúdo o conjunto das organizações internacionais criadas no segundo pós-guerra. Eles pretendem mudar os eixos orientadores das relações internacionais, isto é, substituir a preo- cupação em preservar a paz mundial, a solução pacífica das con - trovérsias e a autodeterminação dos povos por uma só missão: combater o terrorismo internacional , reservando a si o “direito” de determinar quem é terrorista. As invasões e ocupações do Afeganistão e Iraque por parte dos Estados Unidos significaram uma afronta aos povos muçul - manos. O massacre de civis, a destruição da infraestrutura ma- terial e do patrimônio cultural não são consequências “naturais” do choque de civilizações, mas o fruto da vontade hegemônica do império unipolar e da absoluta ignorância dos governantes esta- dunidenses acerca do que o Iraque significa para o patrimônio cultural da humanidade. Em outubro de 2006, foi apresentado o relatório War Crimes Committed by the United States in Iraq and Mechanisms for Accoun- tability [ Crimes de guerra cometidos pelos Estados Unidos no Iraque, mecanismos de responsabilização ] 14 preparado pela advogada espe- cializada em direitos humanos Karen Parker, presidente da Asso- 14 Disponível em: <http://www.grassrootspeace.org/war_crimes_iraq_101006.pdf> .
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