Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos
— 40 — aparato oficial para exercer a violência de maneira ilegítima contra seus pretensos inimigos. Hoje, este fenômeno é percebido como um dos mais sérios da contemporaneidade. Existem poucas descrições de sua acepção, mas o certo é que com o tempo, dadas as sistemáticas violações dos direitos humanos em uma escala universal pelas autoridades que deve- riam garanti-los, o termo adquiriu maior força. 12 A Agência Central de Inteligencia (CIA), desde a sua funda- ção, em 1947, vem sendo o orgão fundamental do governo estadu- nidense para realizar as tarefas de “guerra suja” – as quais podem ser caracterizadas como nada além de “terrorismo”, se tomarmos a definição deste termo elaborada pelo próprio Bureau Federal de Investigação (FBI) estadunidense: “uso ilegal da força e da violência contra pessoas ou propriedades para intimidar ou coagir governos, a população civil ou um segmento da mesma, na busca de objetivos sociais e políticos” (López y Rivas, 2005). Este terrorismo de Estado global não pode ser enfrentado com outro terrorismo, mas com a organização revolucionária e consciente de todo o povo, como su- jeito e protagonista fundamental, visando estabelecer um mundo em que o terrorismo seja um pesadelo de um passado já superado. II Destaco os seguintes fatores específicos que contribuem para o aprofundamento do terrorismo, e, em particular, do terrorismo glo- bal de Estado. A construção frustrada de variados esforços naciona- listas e as vicissitudes atuais dos estados nacionais constituem uma 12 Em Indymedia México. Centro Independiente de la Ciudad de México. Terrorismo de Estado.
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