Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos
— 39 — E prossegue: Nos opomos aos atentados terroristas porque a vingança individual não nos satisfaz. A conta que nos deve pagar o sistema capitalista é demasiado elevada para ser apresentada a um funcionário chamado ministro. Aprender a considerar os cri- mes contra a humanidade, todas as humilhações a que se vêem submetidos o corpo e o espírito hu- manos como excrescências e expressões do siste- ma social imperante, para empenhar todas nossas energias em uma luta coletiva contra este sistema: essa é a causa na qual o ardente desejo de vingança pode encontrar sua maior satisfação moral. (Tros- tky, 2001, online). Assim, é necessário também separar do terrorismo as ações revolucionárias. Em última instância, o terrorismo obedece aos interesses das classes dominantes. Em muitos lugares do planeta aconteceram situações de degradação das atividades revolucioná- rias. Fenômenos de banditismo, sequestro da população civil, agres - sões a povos indígenas, colusão com o narcotráfico e lumpenização dos elementos revolucionários indicam o perigo sempre latente de desvirtuar os objetivos revolucionários, se não os mediam o exer- cício permanente do imperativo ético e os princípios humanísticos que caracterizam o socialismo libertário. Os Estados Unidos elevaram o terrorismo ao posto de uma política estatal global, tanto mais perigosa e prejudicial para a hu- manidade por ser realizada por um aparato especializado e diver- sificado de subversão e com o apoio do maquinário bélico do maior estado capitalista. A respeito disso, Martha Sojo escreve: Nenhum terrorismo é justificável, porem o de Esta - do é dos mais execráveis, pois utiliza os recursos do
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