Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos

— 38 — quando este último realiza uma guerra de ocupação e aniquilamen- to do povo palestino, violando toda e qualquer recomendação da ONU elaborada para impedir a guerra de extermínio? Ao se tomar uma posição contrária no momento de definir o terrorismo, inevitavelmente devem-se observar as condições obje- tivas das situações particulares em que ele se desenvolve. Não se pode promover justiça emumespaço onde se colocampara viverem juntos leões e cordeiros. Este tipo de justiça é parcial, pois beneficia unica e exclusivamente quem detéem o poder militar e econômico acima da soberania e autodeterminação dos povos. A subjugação criada pelos países militar e economicamente avançados sobre as nações subordinadas leva inevitavelmente a uma significação deste processo como um indicativo da subjugação imperialista e inevita- velmente influi na luta de classes em âmbito interno. Sem dúvida, utilizar como estratégia prioritária a ação isolada e beligerante contra os exércitos de ocupação ou contra a ditadu- ra da burguesia é contraproducente, pois nega a possibilidade do crescimento coordenado de um movimento massivo contra a vio- lência exercida pelos inimigos, arrebatando da comunidade a von- tade necessária para agir em conjunto. Trotsky, desde o início do século XX, argumentava: Para nós o terror individual é inadmissível precisa- mente porque apequena o papel das massas em sua própria consciência, as faz aceitar sua impotência e volta seus olhos e esperanças para o grande vin- gador e libertador que algum dia virá cumprir sua missão. (Trostky, 2001, online). 11 11 A versão brasileira do texto de Trotsky, “Acerca del terrorismo” (1911), encon- tra-se disponível em: https://www.marxists.org/portugues/trotsky/1911/11/ terrorismo.htm [N. dos T.]

RkJQdWJsaXNoZXIy MTA3MTQ=