Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos

— 35 — contra o Afeganistão e o Iraque é necessária porque ainda não se cunhou um termo mais adequado para caracterizá-lo. A ideologia e a prática política suprematistas do grupo encabeçado por Geor- ge W. Bush, em sua última presidência – e sua continuação nas administrações de Obama com a noção de que os Estados Unidos é e continuará a ser a “única nação indispensável” (no mundo) 8 –, guardam grandes semelhanças com o fascismo (tais como a pre- dominância do militarismo e a crença cega em tecnologia militar, o favorecimento a grandes corporações na distribuição de contra- tos militares, o racismo que se expressa no genocídio de povos inteiros, o ultranacionalismo, o darwinismo social etc.), embora, naturalmente, a conjuntura histórica do início do século XXI seja muito diferente daquela do século XX. Em 1999, realizou-se a Convenção da Organização da Confe- rência Islâmica sobre a luta contra o terrorismo internacional. Essa Convenção elaborou um documento que, em seu primeiro artigo, define que terrorismo é qualquer ato de violência ou ameaça, independen- temente de suas motivações ou intenções, perpe- tradas para realizar um plano criminoso individual ou coletivo com o objetivo de aterrorizar as pes- soas ou ameaçar machucá-las ou pôr em perigo as suas vidas, honra, liberdade, segurança, direitos. (Oganisation of Islamic Cooperation, julho 1999).9 8 Discurso proferido na Academia Militar de West Point em maio de 2014. Disponí- vel em: <world socialista web site>. Acesso em: 30 maio 2014. 9 A convenção da organização e a conferência islâmica para a luta contra o ter- rorismo aconteceu em Ouagadouuogou, Burkina Faso, em 1 de julho de 1999. Este documento pode ser encontrado nos instrumentos internacionais relativos à prevenção e a repressão do terrorismo internacional, ONU, Artigo 1, p. 220, ou na página da Oganisation of Islamic Cooperation (OIC), disponível em: <http:// ww1.oic-oci.org/english/convenion/terrorism_convention.htm> .

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