Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos
— 16 — guerra, que vão desde as guerras contra as drogas e o crime até a “guerra contra o terror” (Giroux, em entrevista a Leslie Tatcher sobre o lançamento de seu livro, 2016). 1 Em resumo, esse vício da violência no plano ideológico-cultu- ral-educativo, o maior orçamento militar da história estaduniden- se, a agressão militar à Síria, a guerra de amplo espectro contra a Venezuela, as ordens de execução e o endurecimento das leis de imigração que criminalizam milhões de pessoas em razão de sua origem, a obsessão em seguir construindo o muro na fronteira me- xicana, as fixações presidenciais em fazer dos Estados Unidos um país grande novamente, a euforia da Ku Klux Klan e outras orga- nizações de extrema direita, tanto nos Estados Unidos quanto em outros lugares, por ter um dos seus na Casa Branca não são bons augúrios para as lutas de resistência, revolucionárias e ainda demo- cráticas e progressistas do mundo. Recordemos sempre que a ocupação neoliberal é integral, como integrais devem ser os movimentos contra-hegemônicos. De - vemos nos preparar para uma luta de grande fôlego e de alcances históricos. Vivemos tempos de indignação e raiva ao ver os cana- lhas que governam em países irmãos como o Brasil, ao constatar a solidão de homens e mulheres que se retraem no mundo do fa- miliar-privado ao não encontrar caminhos bons e criativos para a insurgência desde abaixo. É responsabilidade de todas e todos pôr em prática as formas de luta mais adequadas e desenvolver esse aparelho de inteligência público , proposto por Charles Wrigth Mills, que desafie as elites políticas, econômicas e militares. 1 Disponível em: <https://truthout.org/articles/henry-giroux-on-state-terrorism- -and-the-ideological-weapons-of-neoliberalism/> .
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