Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos
— 151 — e de todos os seus povos e componentes regionais (suporte também de suas identidades), está sendo sitiado pelas corporações transna- cionais e pelo uso privado que dele fazem as elites políticas, e pelo setor turístico que ocupa lugares, costas, territórios e recursos na- turais pertencentes à nação e que frequentemente são habitados por povos indígenas, os quais são convertidos em objetos exóticos de consumo. No México, o grêmio de antropólogos do Instituto Na- cional de Antropologia e História (INAH) participa da luta contra o esvaziamento de valores e símbolos de identidade nacional, que são resguardados por essa instituição cultural, e contra a diminui- ção de suas funções na defesa desse patrimônio nacional pelas po - líticas de privatização. Dessa forma, entre os cientistas sociais, os antropólogos têm examinado detidamente, no âmbito das transformações da trans- nacionalização neoliberal, os avatares da questão nacional , por exemplo, a partir da qual a nação continua a ser o espaço das lu- tas de resistência e de libertação social. Nessa linha de pesquisa se desenvolve um dos conceitos fundamentais para a investigação da questão étnica contemporânea, o conceito de nação. É impossível compreender o complexo e multifacetado processo de origem, de- senvolvimento e características das etnias ou povos originários a partir de uma perspectiva histórica se não se parte do estudo dos processos de construção da nação, que ocorrem após o triunfo e consolidação da burguesia como classe dominante nos países ca- pitalistas metropolitanos e a extensão do fenômeno nacional em nível planetário. A ciência social deste milênio conta, sem dúvida, com ferra- mentas analíticas para estudar os meios de comunicação de massa e a forma como eles conformam, metaforicamente, as “tropas ideo - lógicas” que tentam submeter a opinião pública com a desinforma- ção, a contrainformação e a propaganda abertamente sistêmica.
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