Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos

— 134 — Aumento da dependência das Forças Armadas Mexicanas em relação aos Estados Unidos e incorporação das mesmas aos planos e mecanismos de dominação estratégica imperialista através da luta contra o tráfico de drogas e, agora, da “luta contra o terrorismo internacional”, como se pode inferir das informações publicadas pelo Wikileaks, através do La Jornada . Felipe Calderón pareceu não se importar com as reiteradas declarações de diversas perspectivas críticas durante mais de uma década, inclusive de dentro dos reduzidos setores patrióticos das próprias Forças Armadas (que existem!), e exerceu seu governo usurpado a partir de uma estreita colaboração com os Secretários da Marinha e da Defesa Nacional, ordenando a execução de opera- ções militares espetaculares, condenadas ao fracasso, e cujo pro- pósito era tranquilizar aqueles que o levaram ao poder, mostrando sua mão firme e inclinações militaristas e repressivas Assim, a questão mais preocupante sobre o governo Calderón foi a mensagem que deixou a todos os cidadãos e à oposição de es- querda, em particular: 1. Fui um presidente ilegítimo repudiado por milhões de me- xicanos, mas conto com o apoio dos militares; 2. Minha prioridade como governante foi garantir a seguran- ça do capital e a midiatização e o controle da dissidência e dos protestos sociais. 3. Não me preocupei em cortar o orçamento destinado à educação, saúde, cultura e gastos sociais, enquanto o setor militar se sentisse não só apoiado como também estimu- lado no desempenho de suas tarefas. Nesse sentido muito foi escrito sobre o desmantelamento do Estado nesta etapa da transnacionalização neoliberal, o que é par- cialmente verdadeiro; também foi feita referência ao “Estado Fali -

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