Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos

— 126 — que aceitaram dinheiro do governo para trabalhar contra Cuba e os cinco prisioneiros patriotas do império. Por certo, entre os sicários da mídia, há também classes sociais , porque enquanto um recebeu até 175 mil dólares por suas opiniões (Pablo Alfonso), houve quem se vendeu pela modesta soma de 1.550 dólares (Ninoska Pérez). Apesar deste trabalho mercenário da imprensa dos Estados Unidos e a que em âmbito mundial realiza essa guerra suja intelec- tual, coordenada e assalariada pela Agência Central de Inteligência, o trabalho incessante de 300 comitês para a liberdade dos cinco heróis em mais de 100 países fizeram algum efeito. O próprio Mi - nistério Público o reconheceu em Miami quando sustentou que a imagem do sistema de justiça estadunidense precisaria ser melho- rada, pois havia “ um grande ruído internacional em torno do caso ”. No México, como em âmbito mundial, onde está em marcha uma campanha para alcançar a libertação dos cinco, os cidadãos se perguntam sobre as razões da permanência de três deles em pri- sões federais de segurança máxima, isolados uns dos outros, sujei- tos a tratamentos cruéis e desumanos, que incluem confinamento em solitárias por períodos prolongados, várias restrições para re- ceber visitas familiares, e tudo isso apesar de serem inocentes das acusações. Fica claro, para todos que conhecem o caso, a existência de bases extrajudiciais que não permitem o devido processo e que explicam os motivos pelos quais o sistema de justiça estaduniden- se, reiteradamente, não cumpra com os princípios básicos de im- parcialidade e defesa dos direitos que a própria Constituição dos Estados Unidos ampara. O insólito do caso tem sido a própria conduta do governo cubano que, assumindo a relação política e organizacional com seus combatentes contra o terrorismo em solo estadunidense, reconhe- ceu os cinco e iniciou, conjuntamente com o povo, uma campanha para sua libertação que muito rapidamente ganhou um perfil pla -