Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos
— 124 — tra Cuba. Destes, 78 foram bombardeios contra a população, entre 1959 e 1968, executados por aeronaves dos Estados Unidos, resul- tando em 14 mortes e 75 feridos. Além disso, desde o primeiro ano da Revolução até 2003, foram cometidos 61 sequestros e tentativas de sequestro a aeronaves e, entre 1961 e 1996, foram realizados 58 ataques desde barcos militares contra 67 objetivos econômicos e contra a população civil. É nesse contexto, precisamente, que se realizou o trabalho “em silêncio”, no território americano, pelos cin - co prisioneiros cubanos do império – Antônio Guerrero, Fernando González, Gerardo Hernández, Ramón Labañino e Rene González –, que consistia em infiltrar-se nas organizações contrarrevolucio - nárias. Isto é, os cinco patriotas cubanos, sob risco de vida, realiza- ram tarefas de inteligência no interior dos grupos extremistas que, durante décadas, cometeram atos terroristas em território cubano, em muitos outros países da América Latina, e no próprio território dos Estados Unidos. Os cinco cubanos não realizaram atividades de espionagem contra objetivos militares, econômicos ou outros que afetassem a segurança nacional desse país. Tal como escreveu o co- mandante Fidel Castro (2007) a este respeito, Contra nossos cinco compatriotas nem sequer con- seguiram provar a acusação de conspiração para cometer espionagem. O destino cruel e insólito dos mesmos e de seus familiares obedece à política pér- fida e confessa seguida por Washington de aplicar o terrorismo contra o povo cubano, violando durante quase meio século as normas mais elementares das Nações Unidas e da soberania dos povos. A prova da dupla moral dos Estados Unidos em sua “luta con - tra o terrorismo” é abrigar, proteger e apoiar, logística e financei - ramente, organizações terroristas que atuam contra Cuba e outros países, enquanto submete estes cinco patriotas cubanos a julga-
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