Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos

— 118 — Energética, biológica e maquiladora, com a fina - lidade de resolver o deficit energético dos Esta- dos Unidos, transferir o problema da migração e de empregos precários para o sul – criando assim uma nova fronteira de conflito socioeconômico – e para deixar nas mãos do Banco Mundial, Conser- vação Internacional e outros organismos simila- res a inestimável riqueza biológica do Corredor Mesoamericano, que é uma peça central de comu- nicação e canal de alimentação e enriquecimen- to entre as florestas úmidas do norte de Chiapas (mais particularmente a Lacandona) e as do sul do continente (a Bacia Amazônica). (Paz con Demo - cracia, 2007, online). A partir do Plano Colômbia (1999), a Aliança para a Seguran - ça e a Prosperidade da América do Norte (ASPAN, 2005) e a inicia- tiva Mérida (2008), entre outros acordos de segurança , México e Colômbia, em particular, passaram a fazer parte, em uma condição subordinada, das estratégias militares, policiais e de inteligência dos Estados Unidos. De fato, para o caso mexicano, essa subordi- nação e a necessidade de fortalecer a presidência espúria de Felipe Calderón 39 e, agora, a de Enrique Peña Nieto, provocaram durante seus seis anos a militarização da segurança pública de extensas re- giões do território nacional e a guerra desencadeada contra povos, jovens e pobres. O caráter desta guerra abrange um amplo espectro de objeti- vos que se enquadram no âmbito da contrainsurgência e da guerra social, transformando os exércitos nacionais em forças internas de ocupação de seus próprios povos, com base na ideia de que os Esta- 39 O autor refere-se aqui à fraude eleitoral que elegeu Calderón. [N. dos T.]

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