Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos
— 114 — rio de bases comsua própria geografia que não pare - ce que poderia ser ensinada em uma aula de geogra- fia escolar qualquer. Sem compreender a dimensão deste mundo entrelaçado de bases em âmbito pla- netário, não se pode tentar entender as dimensões de nossas aspirações imperiais ou o grau em que um novo tipo de militarismo está minando nossa ordem constitucional. (Johnson, 2004, online). Johnson argumenta que o ramo militar do governo estaduni- dense emprega cerca de meio milhão de soldados, espiões, técnicos e empreiteiros civis em outras nações e que essas instalações secretas, além de monitorar o que as pessoas no mundo, incluindo os próprios cidadãos estadunidenses, estão falando, escrevendo e lendo em seus faxes e e-mails, beneficiam as indústrias que projetam e fornecem armas aos seus exércitos. Além disso, “uma tarefa desses emprei - teiros é manter os membros uniformizados do império alojados em quartos confortáveis, bem alimentados, divertidos e supridos com uma infraestrutura que de à vida deles a qualidade de boas férias. Se- tores inteiros da economia passaram a depender dos militares para suas vendas” (Johnson, 2004, online). Durante a guerra de conquista do Iraque, por exemplo, Johnson informou que o Departamento de Defesa, ao mesmo tempo que ordenava uma ração extra de mísseis de cruzeiro e tanques que dispunham de munições com urânio em- pobrecido, também adquiriram 273 mil garrafas de um bloqueador solar que beneficiou as empresas desses produtos localizadas em Oklahoma e Florida. (Johnson, 2004, online). À diferença das grandes bases que se assemelham a cidades, como as ocupadas pelas forças armadas no Japão e na Alemanha, os lírios d’água são construídos com discrição, tentando evitar a publicidade e a eventual oposição da população local, informou Vine. São bases operacionais pequenas e flexíveis,
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