Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos

— 113 — rialista em manter sua hegemonia militar para salvaguardar seus interesses econômicos, corporativos e geoestratégicos no mundo. Assim, o colega antropólogo David Vine, que prepara um livro sobre as mais de 1.000 bases militares dos EUA em 150 países (ao qual devemos adicionar as 6 mil bases internas), publicou recentemente um artigo, “La estrategia del nenúfar”, traduzido pelo jornal Rebe- lión (18 de julho de 2012), no qual informa sobre a transformação silenciosa que o Pentágono leva a cabo em todo o sistema de bases militares fora do território estadunidense, o que significa uma nova e perigosa forma de guerra. De acordo com Vine, os militares estadunidenses estão au- mentando a criação de bases em todo o planeta, o que eles chamam de lírios d’água (estas folhas ou plantas que flutuam na superfície das águas e servem aos sapos para saltar até suas presas) e que consistem em Pequenas instalações secretas e inacessíveis com uma quantidade restrita de soldados, comodida- des limitadas, armas e suprimentos previamente assegurados... Semelhantes bases lírios d’água se converteram em uma parte crítica de uma estraté- gia militar de Washington em desenvolvimento que visa manter a dominação global dos Estados Uni- dos, fazendo mais com menos em um mundo cada vez mais competitivo, cada vez mais multipolar. (Vine, 2012, online). Chalmers Johnson, outro acadêmico estadunidense crítico de seu governo e estudioso desses temas, sustenta, em “America’s Em - pire of Bases”, que Esta enorme rede de estabelecimentos militares em todos os continentes, exceto na Antártica, constitui atualmente uma nova forma de império – um impé-

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