Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos

— 112 — ideológica ao expansionismo territorial; no intervencionismo per- manente e sistemático na América Latina; na conquista de territó- rios alémde suas fronteiras continentais pela ação direta de seus fu- zileiros navais . Seu patriotismo implica a ideia da “polícia mundial” que monitora o cumprimento de sua lei e protege seus interesses e segurança “nacionais” acima de qualquer outro. Alimenta-se dos mitos de “salvadores do mundo” disseminados pela propaganda ci - nematográfica: os incansáveis Rambos matando comunistas, e ago- ra “terroristas”, em nome da justiça, da democracia e da liberdade. Conceder o Prêmio Nobel da Paz a um Comandante em Che- fe de pistoleiros e psicopatas é grotesco e inconcebível e não tem justificação alguma. Obama aumentou o número de tropas no Afe - ganistão, expandiu sua intervenção no Paquistão, ameaçou o Irã, sofisticou a guerra de ocupação no Iraque – agora com a profunda ajuda de antropólogos mercenários que indicam as rotas culturais para quebrar as redes de resistência e compram iraquianos para matar iraquianos. Ele apoiou o golpe militar em Honduras comma- lícia e hipocrisia; sustentou o bloqueio contra o povo e o governo de Cuba; continuou com a ocupação da Colômbia através de bases militares que ameaçam a Venezuela e a Bolívia; tudo isso justificado pelo direito de levar a todos os confins do mundo “a guerra justa e necessária”... para as corporações capitalistas dos Estados Unidos. Mudanças na estratégia militar dos Estados Unidos A partir da aplicação da antropologia nas ânsias contrain- surgentes dos Estados Unidos e da presença de cientistas sociais como assessores no campo das brigadas de combate desse país em suas guerras neocoloniais, um número crescente de profissionais desta disciplina tem se dado a tarefa de estudar a magnitude, as características e as consequências deste descomunal esforço impe-

RkJQdWJsaXNoZXIy MTA3MTQ=