Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos

— 111 — Inclusive a participação dos Estados Unidos na Segunda Guer- ra Mundial foi realizada com a perspectiva de minar ao máximo a União Soviética, conter o avanço dos comunistas na Europa e, fi - nalmente, estabelecer seus domínios imperiais em âmbito mundial após a derrota do eixo Alemanha-Japão-Itália. É necessário ressaltar a responsabilidade manifesta dos Estados Unidos, da Inglaterra e da França na eclosão desta guerra, ao incentivar e permitir o rearmamento da Alemanha, ao dissimu- lar o vertiginoso crescimento de suas forças armadas e ao invocar a neutralidade diante das agressões fascistas na Etiópia em 1935, na Espanha em 1936, na Áustria e na Tchecoslováquia em 1938 e na Polônia em 1939. O antissovietismo e o anticomunismo estive - ram presentes ao longo de toda a guerra e foram fator subjacente na singular condução do conflito por parte dos aliados ocidentais da Coalizão anti-hitlerista. O atraso da abertura da Segunda Frente até o ano de 1944, quando o curso da guerra já havia sido definido na frente soviética, e a política sistemática de “pequenas ações”, ti - nham como objetivo provocar o desgaste e a eventual derrota da URSS. Durante o início e o desenvolvimento da guerra, as classes trabalhadoras integraram a resistência antifascista, isto é, a parti- cipação ativa dos povos na resistência nacional e o peso da União Soviética na luta foram transformando a própria natureza da guer- ra: de imperialista se tornou uma guerra popular, antifascista, co- brando, desse modo, o caráter de uma guerra justa e necessária até a derrota do eixo nazifascista. O “patriotismo estadunidense” tem se nutrido de uma his - tória de genocídios, etnocídios, despojos e conquistas territoriais. Baseia-se nas noções etnocêntricas e racistas de “povo escolhido” pela “providência” para expandir o seu domínio sobre o continente, em sua primeira etapa, e depois no mundo inteiro; no conceito de “única nação indispensável”; no “destino manifesto”, que deu forma