Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos

— 110 — diminuídos em seus direitos, que resistem às grandes po- tências opressoras, escravistas e espoliadoras; e f. denuncia que as burguesias, em suas guerras imperialis- tas, manipulam os conceitos de “guerra defensiva”, “de - fesa da pátria” ou “guerra justa”, para encobrir seus reais objetivos de repartir o mundo entre si e subjugar outras nações. Os Estados Unidos surgiram como nação da guerra anticolo- nial contra a Coroa britânica. A partir desse evento, de singular im- portância histórica, todas as guerras das quais este país participou, até a Segunda Guerra Mundial e depois dela, não tiveram a menor legitimidade: a guerra de extermínio e redução dos povos indíge- nas que ocupavam o imenso território despojado e expropriado de seus proprietários originais; a guerra de 1812 contra a Inglaterra, que foi uma tentativa malsucedida de anexar o território do Canadá à União Americana; a guerra de conquista territorial (1845-1848) contra a jovem república do México, que alcançou a anexação de mais da metade de seu território ansiosamente procurado pelos “pais fundadores”; a guerra civil que determinou o curso industrial - -capitalista da exploração de classes e povos oprimidos no interior da nação; a guerra neocolonial contra a Espanha em 1898, na qual conseguiu apoderar-se de algumas das suas posses territoriais; de onde também derivou a guerra sangrenta de ocupação contrainsur- gente dos EUA nas Filipinas de 1889 a 1913; a guerra imperialista (1914-1918), na qual os Estados Unidos se aventuram pela primei- ra vez na Europa, na fase final do conflito; as numerosas interven - ções bélicas abertas e encobertas na América Latina como poder imperialista (onde Sandino conquistou a primeira derrota militar dos EUA na região utilizando a guerra de guerrilhas); a Guerra da Coréia e do Vietnã, para conter a revolução socialista nesses países. Isto para lembrar apenas alguns dos eventos mais importantes.

RkJQdWJsaXNoZXIy MTA3MTQ=