Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos

— 108 — Essas considerações explicam, por exemplo, os rígidos con- troles e as proibições aos meios de comunicação independentes que tentam fazer seu trabalho no Iraque, no Afeganistão e na Faixa de Gaza, onde Israel colocou barreiras à mídia para tentar escon- der o genocídio do povo palestino. Apesar disso, a “narrativa” do que realmente acontece no Iraque, no Afeganistão ou na Palestina, em razão de suas dimensões vertiginosas e à perseverança do jor- nalismo comprometido, conseguiu atravessar a censura militar e o trabalho diário de milhares de comunicadores “incrustrados” que ecoam as perspectivas imperialistas. O relatório JOE 2008 identifica a China como um potencial concorrente militar no futuro e “a ameaça mais séria para os Es - tados Unidos, porque os chineses podem entender a América ( sic ), seus pontos fortes e fracos, muito melhor do que os americanos ( sic ) entendem os chineses”. (United State Joint Force Comand, 2008, p. 26). Da Rússia, os estrategistas criticam que seus dirigen- tes tenham optado emmaximizar o excedente energético, sem fazer investimentos estruturais que aumentem a produção de petróleo e gás no longo prazo; eles também localizam o potencial explosivo do conflito interno no Cáucaso e na Ásia Central, seus problemas demográficos e a “combinação perigosa de paranoia – algo justifi - cado, considerando a história da Rússia –, nacionalismo e amargura pela perda do que muitos russos consideram seu direito a um lugar como potência mundial.” (United State Joint Force Comand, 2008, p. 29). No entanto, “com o seu arsenal nuclear vasto e aumentado, a Rússia continua a ser uma potencia em termos nucleares, apesar das suas dificuldades políticas e demográficas”. (United State Joint Force Comand, 2008, p. 29). O exército estadunidense observa com preocupação os confli - tos sustentados entre a Índia e o Paquistão na Caxemira e em outras áreas em disputa, levando em conta que ambos os países possuem

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