Estudando a contrainsurgência dos Estados Unidos

— 105 — parte expõe perguntas centrais acerca de temas que podem fugir ao enfoque tradicional deste estudo, mas que têm importantes impli- cações para o futuro das Forças Conjuntas. O relatório-previsão sustenta a ideia de que, em muitas par- tes do planeta, “existem atores não racionais, ao menos em nossos termos”. De fato os militares dividem o mundo entre os que usam a razão (eles, os estadunidenses) e aqueles que estão presos à paixão e se mantêm “fora dos limites das convenções do mundo desenvol - vido”: os dos “facões e foices” e homens-bomba suicidas, os que es - tão “ansiosos para morrer”. A tensão entre cálculos de poder da política racio- nal por um lado, e as ideologias seculares ou reli- giosas no outro, combinadas com o impacto da pai- xão e o azar, fazem da trajetória de um conflito algo difícil senão impossível de prever... Em um mundo onde as paixões dominam, a utilização de uma es- tratégia racional vem a ser extraordinariamente di- fícil. (United State Joint Force Comand, 2008, p. 42). A árdua carga do homem branco! Não podia faltar no documento recentemente tornado públi- co, JOE 2008 (The Joint Operating Environment) do Comando Con- junto dos Estados Unidos, a perspectiva imperialista sustentada pelas estratégias militares e políticas desse país. Ao longo do texto não existe a menor dúvida de que suas forças militares têm, a todo o momento, o direito a intervir em qualquer parte do mundo. Rei- teram que: América [sic] retém o poder da ‘intimidação e da inspiração’. Continuaremos jogando [os militares]

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